segunda-feira, 15 de março de 2010

Maria Gadú

É interessante observar como se formam os fenômenos musicais do nosso país. Coloca-se uma música em uma novela global, uma ida ao Faustão, uma aparição no Fantástico e pronto, tem-se uma nova estrela. Pra muita gente Maria Gadú é mais um desses cometas de um disco só, uma moda de estação.

Espero não queimar minha língua, mas algo me diz que não será assim. Ao que parece ela veio sim pra ficar. Shimbalaiê, a música estourada, não é nem de perto a melhor do Cd, aliás, até a versão de Baba (Kelly Ley) é melhor. Tive sorte de ser uma das poucas (comparado ao universo das que tiveram o 1o contato somente por causa da Globo) a conhecer Gadú antes de todo esse espetáculo que se fez em torno dela, conheci 3 músicas do cd e logo me encantei. Composições interessantes, interpretações bem bacanas de compositores pouco conhecidos e novos arranjos para sucessos de todos os gêneros rs!

Ontem, pela primeira vez fui a um show de Gadú. Já havia visto no palco, mas apenas uma participação de 3 músicas, muito boa por sinal. Pois, fui ao show, e a impressão que eu tinha era que, apesar da Concha Acústica estar lotada, Gadú estava na casa de um amigo fazendo um som. Um pouco emocionada, é verdade, mas extremamente à vontade, viajando no som do seu violão e no que o seu microfone poderia propagar!

No repertório, o cd de estréia e mais algumas canções de outros artistas (Noel Rosa, Ana Carolina, Pink...). A única reclamação: Shimbalaiê não precisava estar no bis também, preferia a versão fofa de Quando você passa, de Sandy e Junior! Mas, fazer o que? Até os cantores que têm ótimos trabalhos precisam vender cd...

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